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Texto para Discussão
no 64

A Conservação das Edificações de Valor Cultural: Gestão da Manutenção

TINOCO, Jorge Eduardo Lucena et OLIVEIRA, Thalita Roxanna dos S.


Resumo:

Um modelo de Gestão da Manutenção de edificações de valor cultural foi apresentado pelo Curso de Gestão de Restauro durante o II Simpósio Científico do ICOMOS BRASIL, realizado em 25 a 28 abr. 2018, na cidade de Belo Horizonte (MG). Os autores, Jorge Eduardo Lucena Tinoco e Thalita R. dos S. Oliveira, mostraram que as atividades de inspeções e manutenções preventivas, programadas e corretivas exigem protocolos básicos para atendimento às necessidades da garantia funcional dos componentes e elementos construtivos e artísticos assim como às condições financeiras do proprietário ou usuário.

O texto apresenta as pesquisas do CECI/Curso Gestão de Restauro sobre manutenções de edificações de valor cultural a partir de 2005, verificando, desde então, que os projetos de restauração de edificações de valor cultural são rotineiramente dissociados das ações periódicas e contínuas de manutenções. Observa-se que a ausência de parâmetros – detalhamentos técnico-construtivos e respectivas previsões de custos para implantação de componentes que auxiliem nas manutenções, é uma prática que gera prejuízos aos cofres públicos e à poupança privada. É inadmissível que os projetos de intervenções de conservação, restauro, requalificações e outros não contemplem soluções técnicas que favoreçam as manutenções prediais. É muito comum observar projetos desprovidos de especificações e detalhes que assegurem a mais ampla acessibilidade às ações periódicas e contínuas de inspeções e de manutenções. O planejamento mais avançado tem que extrapolar as questões básicas e cotidianas comuns às planilhas orçamentárias e aos cronogramas físico-financeiros dos projetos – recursos escassos e pouco tempo (leia-se menor preço e menor prazo). É necessário se fazer previsões e se estabelecer diretrizes que garantam a integridade da edificação após a ocupação, assim como os recursos que foram investidos. Não se pode admitir que, decorridos alguns anos das intervenções de preservação, muito tenha de ser refeito pela falta de manutenções seja por descaso seja por custos elevados de mão-de-obra e de logística. Propõe-se que as entidades de preservação estabeleçam e exijam o atendimento de protocolos básicos para permitir ações eficazes de inspeções periódicas e de manutenções nas edificações de valor cultural. As manutenções prediais iniciam na fase de projeto. Apresentam-se dez protocolos básicos para orientar adequadamente os profissionais nas exigências que cada edificação imponha às suas necessidades de inspeções e manutenções.

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